Em 08/04/2013 às 03h56

VIVO/Minas luta, mas é derrotado pelo RJX e fica com o 3° lugar da Superliga

40535As melhores equipes da fase de classificação serão justamente as duas a decidirem a Superliga masculina 12/13. Depois de o atual campeão, o Sada Cruzeiro (MG), assegurar a sua vaga em dois jogos na semifinal contra o Sesi-SP, nesta SEXTA-FEIRA (05.04) foi a vez de o RJX confirmar o seu favoritismo e eliminar o Vivo/Minas (MG) em 2 jogos a 1. Dentro de casa, no Maracanãzinho, a equipe carioca venceu o time mineiro por 3 a1, parciais de 29/27, 25/17, 22/25 e 27/25, em 2h15 de jogo.

O time carioca, em dois anos de existência, chega à sua primeira final de Superliga. Na temporada passada, foi eliminado pelo Vôlei Futuro (SP) na semifinal. Agora sob o comando do técnico Marcelo Fronckowiak, a equipe terá a seu favor o fato de lutar pelo título no Maracanãzinho, ginásio no qual perdeu apenas um jogo nesta edição (3 a 2 para o Sesi-SP). A final será no próximo domingo, dia 14 de abril, às 10h, com transmissão ao vivo da TV Globo.

No fim do jogo, festa na quadra e na arquibancada. Lucão foi o mais ovacionado, assim que seu nome foi anunciado como o melhor da partida, recebendo o Troféu VivaVôlei. E também foi o central do RJX, ao lado do ponta Lucarelli, do Vivo/Minas, o maior pontuador do jogo, com 16 pontos cada um. O gigante de 2,10m era a imagem do orgulho e do dever cumprido.

“Acho que prevaleceu um pouco da nossa experiência. E o Thiago Alves também foi muito feliz na sua sequência no saque no fim do quarto set, nos recolocando no jogo. Fomos um time guerreiro e lutamos durante o ano inteiro. É muito legal chegar aqui e dizer: ‘estamos na final!’. Estou muito contente”, disse Lucão, já projetando a final. “Vamos jogar a decisão em casa, mas entre aspas, porque o mando não é das equipes. O Sada Cruzeiro talvez tenha sido o time que apresentou o melhor voleibol nessa reta final. Será um jogão, com toda certeza.”

Lucarelli, que fez uma semifinal de encher os olhos, com saques potentes e ataques precisos, era só desolação após a partida. Ele tem a consciência de que a história poderia ser outra se a equipe não se desconcentrasse no momento crucial do jogo.

“É claro que fica aquele gosto amargo, porque estávamos três pontos à frente ao final do quarto set e poderíamos ter levado o jogo para o tie break. Neste momento, é até difícil fazer uma análise do que aconteceu. O que posso dizer é que foi uma partida muito disputada, e que o RJX teve méritos para chegar à final”, comentou Lucarelli.

O JOGO

As duas equipes começaram o jogo mostrando por que mereciam estar na final. Ponto cá, ponto lá, nada de erros. No primeiro tempo técnico, 8 a 6 para o Vivo/Minas. O RJX só foi passar à frente do placar num ace de Bruninho (15 a 14). E chegou a abrir a maior diferença do primeiro set quando fez 18 a 15. Mas a equipe mineira empatou em 20 a 20, numa boa passagem de Lucarelli pelo saque, e o jogo ficou indefinido. Num bloqueio de Thiago Alves, o time da casa fechou em 29 a 27.

E sair na frente neste terceiro e decisivo jogo parece ter feito muito bem ao RJX. Ainda mais concentrado no segundo set, o time controlou o placar do início ao fim. Num bloqueio do levantador Bruninho, chegou ao primeiro tempo técnico com vantagem de 8 a 4. E ela só foi aumentando, graças, principalmente, à muralha montada do lado azul da quadra. O Maracanãzinho parecia vir abaixo: 16x11, 19x12, 21x13... Thiago Alves, em grande noite, virava todas as bolas. No fim, RJX com um incrível 25 a 17.

E a partida parecia seguir para um até surpreendente 3 a 0. O RJX continuava mais centrado, com um Vivo/Minas estranho em quadra, cometendo erros bobos. Num forte ataque de Theo, o time da casa abriu 14 a 10. Num pedido de tempo do técnico Horácio Dileo, porém, a equipe mineira acordou. Provavelmente, percebeu que era a sua última cartada no campeonato. Voltou à quadra e virou para 16 a 15. E se agigantou. Passou a jogar o que sabe, com Marcelinho variando bem o jogo, e manteve uma tranquila vantagem até o fim do set, fechando em 25 a 22.

A pressão mudou de lado. Mesmo em vantagem de 2 sets a 1, o RJX viu o adversário entrar de vez no jogo. E sentiu. Percebia-se no semblante dos jogadores. O Vivo/Minas chegou ao primeiro tempo técnico vencendo por 8 a 5. Uma paralisação que, desta vez, fez bem ao time do Rio. Mais precisamente a Riad. Tudo igual: 8 a 8. Momento em que a torcida acordou, dando um show à parte, e o time fez 12 a 10. Mas quando parecia que o jogo iria para o tie break, uma virada espetacular no fim deu o set, o jogo e a vaga na final para o RJX.

EQUIPES

 RJX – Bruninho, Theo, Thiago Alves, Dante, Riad e Lucão. Líbero – Mário Jr.

Entraram: Thiago Sens, Guilherme, Da Silva e Ualas

Técnico: Marcelo Fronckowiak

VIVO/MINAS – Marcelinho, Filip, Lucarelli, Quiroga, Henrique e Maurício. Líbero – Lukinha

Entraram: Evandro, Thiago e Lucas Loh

Técnico: Horácio Dileo

SUPERLIGA MASCULINA 12/13

TERCEIRA RODADA DAS SEMIFINAIS


05.04 (SEXTA-FEIRA) – RJX 3 x 1 Vivo/Minas (29/27, 25/17, 22/25 e 27/25), em 2h15 de jogo, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ)

TROFÉU VIVAVÔLEI: Lucão (RJX)
MAIORES PONTUADORES: Lucão (RJX) e Lucarelli (Vivo/Minas), com 16 pontos

SEGUNDA RODADA DAS SEMIFINAIS


30.03 (SÁBADO) – Vivo/Minas 3 x 0 RJX (25/21, 27/25 e 25/20), em 1h50 de jogo, na Arena Vivo, em Belo Horizonte (MG)

TROFÉU VIVAVÔLEI: Lucarelli (Vivo/Minas)
MAIOR PONTUADOR: Lucarelli (Vivo/Minas), com 15 pontos

PRIMEIRA RODADA DAS SEMIFINAIS


23.03 (SÁBADO) – RJX 3 x 2 Vivo/Minas (25/23, 21/25, 19/25, 25/22 e 15/13), em 2h36 de jogo, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ)

TROFÉU VIVAVÔLEI: Thiago Alves (RJX)
MAIOR PONTUADOR: Filip (Vivo/Minas), com 26 pontos